- Mas sabe o que me deixa realmente perturbado meu compadre? São quando elas botam esses vestidinhos leves, que ficam insistindo em voar e não mostrar nada. Só ficam atiçando nós, pobres homens enquanto bebemos o chope nosso de cada sábado. É isso que me perturba.
- Realmente compadre, isso perturba mesmo. Ainda mais quando elas aparecem assim sem muita pintura na cara. Mulher tem que se ligar que quanto mais simples, mais bonita fica.
- Isso, isso mesmo. Sempre falo isso para a Martinha. Mas não tem jeito, ela insiste em botar aqueles saltos altos e se pintar toda. Te confesso que tenho até saudade quando éramos mais novos e ela só saia comigo pela cidade de vestido e All Star no pé.
- Mulher tem dessa. Vai ficando velha e cai nessa de se aprontar toda. Além é claro da cisma de perder quilos toda hora.
- É vero.
- Pô, a Cláudia deve pesar o quê? Uns 53, 54 quilos?
- Acho que por aí.
- Pois é, aí vive me enchendo a porra do saco para emagrecer e tal. Eu quando tô de bom humor ainda digo: “Meu anjo, você tá linda, não precisa perder nada”. Mas tem hora que não dá porra!!
- Eheheh...é foda mesmo.
- Ei! Olha lá, tá vendo?
- Aonde?
- Lá do outro lado da rua de vestidinho azul, toda branquinha, de óculos.
- Tô, tô, que belezura!
- Meu compadre, lhe confesso que foi em um vestido azul a primeira vez que vi a Cláudia. Paixão a primeira vista, sei lá. Olha que isso faz uns treze, quatorze anos, por aí. Eu tava saindo de uma sessão de um filme horrível de terror no meio de semana sem nada para fazer. E lá estava ela.
- Que coincidência velho. A primeira vez que vi a Martinha ela também estava de vestido azul. Estávamos em uma sala de cursinho, com todo mundo junto para uma aula qualquer e ela apareceu. Diretamente vinda do CB. Linda, sem maquiagem. Simples e bela. É claro que inventei mil desculpas para falar com ela.
- Boas lembranças.
- Pois é.
- Levanta teu chope ai! Um brinde as nossas belas esposas!
- E um brinde as mulheres de vestidos e sem maquiagem!
- De preferência azuis!
- Azuis! Os melhores!
Depois de virarem seus respectivos chopes, os dois velhos amigos e compadres, pedem mais um, só que quando viram para o lado eis que surge no bar uma morena estupenda, com uma bunda do tamanho de um estado, toda arrumada, com calça colada, sapato de salto alto, camisa de marca, bolsa chique e com o rosto coberto de maquiagem. Impossível ficar imune a sua visão.
- Putz!
- Caceta!
- Meu compadre...
- Hum...diga meu compadre.
- Aquela regra sobre mulheres e vestidos e tal, tem exceções né?
- Claro. Uma regra para ser uma regra de verdade tem que ter exceção. Isso é lógico.
- Concordo.
- Um brinde às exceções então!
- Às exceções!!
E assim a tarde vira noite...
- Realmente compadre, isso perturba mesmo. Ainda mais quando elas aparecem assim sem muita pintura na cara. Mulher tem que se ligar que quanto mais simples, mais bonita fica.
- Isso, isso mesmo. Sempre falo isso para a Martinha. Mas não tem jeito, ela insiste em botar aqueles saltos altos e se pintar toda. Te confesso que tenho até saudade quando éramos mais novos e ela só saia comigo pela cidade de vestido e All Star no pé.
- Mulher tem dessa. Vai ficando velha e cai nessa de se aprontar toda. Além é claro da cisma de perder quilos toda hora.
- É vero.
- Pô, a Cláudia deve pesar o quê? Uns 53, 54 quilos?
- Acho que por aí.
- Pois é, aí vive me enchendo a porra do saco para emagrecer e tal. Eu quando tô de bom humor ainda digo: “Meu anjo, você tá linda, não precisa perder nada”. Mas tem hora que não dá porra!!
- Eheheh...é foda mesmo.
- Ei! Olha lá, tá vendo?
- Aonde?
- Lá do outro lado da rua de vestidinho azul, toda branquinha, de óculos.
- Tô, tô, que belezura!
- Meu compadre, lhe confesso que foi em um vestido azul a primeira vez que vi a Cláudia. Paixão a primeira vista, sei lá. Olha que isso faz uns treze, quatorze anos, por aí. Eu tava saindo de uma sessão de um filme horrível de terror no meio de semana sem nada para fazer. E lá estava ela.
- Que coincidência velho. A primeira vez que vi a Martinha ela também estava de vestido azul. Estávamos em uma sala de cursinho, com todo mundo junto para uma aula qualquer e ela apareceu. Diretamente vinda do CB. Linda, sem maquiagem. Simples e bela. É claro que inventei mil desculpas para falar com ela.
- Boas lembranças.
- Pois é.
- Levanta teu chope ai! Um brinde as nossas belas esposas!
- E um brinde as mulheres de vestidos e sem maquiagem!
- De preferência azuis!
- Azuis! Os melhores!
Depois de virarem seus respectivos chopes, os dois velhos amigos e compadres, pedem mais um, só que quando viram para o lado eis que surge no bar uma morena estupenda, com uma bunda do tamanho de um estado, toda arrumada, com calça colada, sapato de salto alto, camisa de marca, bolsa chique e com o rosto coberto de maquiagem. Impossível ficar imune a sua visão.
- Putz!
- Caceta!
- Meu compadre...
- Hum...diga meu compadre.
- Aquela regra sobre mulheres e vestidos e tal, tem exceções né?
- Claro. Uma regra para ser uma regra de verdade tem que ter exceção. Isso é lógico.
- Concordo.
- Um brinde às exceções então!
- Às exceções!!
E assim a tarde vira noite...