sábado, 18 de agosto de 2007

Parco Coração

Distante ia quando o coração já não conseguia enxergar
E pensava em ternos dourados, com bodas de glamour
Sonhando com suas frágeis concepções do que era viver
Regando a flor que sobrara no seu enlameado jardim
Vibrante ficava quando os olhos cruzavam seu caminho
Mares, oceanos, rios de alegria completavam teu não
Com soluções copiadas de um livro de receitas barato
Adicionava ilusões no esboço daquilo que chamara de lar
Estonteante estava quando partia para sua frágil promessa
Atravessando odisséias e vilões como um dom quixote senil
O perfume das parcas manhãs felizes lhe saudavam a esmo
Enquanto desfazia seu contorno chorando palavras de perdão
Infante discutia com vozes que não tinham mais rosto algum
Desfazendo o simples traço que restara do seu vazio amor
Olhava as torres se erguendo ao seu lado com ostentação
Simplesmente lembrando que um dia nada disso a importou