terça-feira, 10 de outubro de 2006

Baby

Não diga que as portas estão fechadas quando olhas de longe
Não insista com gestos nobres enquanto teu mundo desaba
Baby, o sentimento não precisa estar vivo, apenas atento
Não faça de conta que as coisas continuam como eram antes
Não chore porque teus olhos já não aceitam qualquer colírio
Baby, tuas verdades não são promessas, só frases incertas
Não pense em nada tão belo que assuste tua realidade adequada
Não force palavras nulas diante de uma imagem falsificada
Baby, a esperança insiste na própria resistência, sem crença
Não espere que o mundo esteja pronto no meio da tua ilusão
Não invente desculpas quando nada merece ter explicação
Baby, a saudade se permite ir embora, a qualquer hora
Não estrague tuas conquistas com qualquer perfume barato
Não troque a esmo teu vazio por qualquer carinho simpático
Baby, o amor não tem medida ou semente, o amor não mente

domingo, 1 de outubro de 2006

Balada do Quase Amor

Me disseste que eu tinha que saber viver
Esquecer das pequenas coisas e seguir em frente
Me disseste que eu usasse novos olhos para ver
Apreciar tudo aquilo que só a alma sente
Me ensinaste que eu poderia enfim amar
Que minhas decepções eram coisas do passado
Me ensinaste uma grande chance de retornar
De matar meus fantasmas de corpo velado
Me julgaste quando pensei que éramos mais
Tudo não passara de uma brincadeira vulgar
Me julgaste sem direito a apelação dos tais
Na cadeia fiquei sem ter nem como te olhar
E quando tudo aquilo sem explicação acabou
Me procuraste querendo a mesma devoção
Sem saber que quase meu coração não voltou
Me procuraste sem saber que não te devo perdão