Como num comercial de TV
Milhões de rostos sem graça
Sem nada pra dizer
Vivo isso o tempo todo
Todo tempo já é pouco
Escutando pensamentos tolos
Provando novos sopros
Todo dia a vida enjoa
Como uma canção sem emoção
Baladas de amor à toa
Sem um pingo de paixão
Vivo isso o tempo inteiro
Inteiramente sem porquê
Esmagando cigarros na parede
Procurando o que fazer
Todo dia a vida padece
Nos jardins da solidão
Tantos anos na mesma coisa
Seguindo a mesma procissão
Sinto isso há muito tempo
Tempos nem tão rebeldes
Sorrindo pra quem importa
Agradando quem abre a porta
E assim tudo caminha sem causar satisfação
E assim a vida se prostitui nos cabarés da repetição
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