terça-feira, 16 de maio de 2006

Imperatriz


Chega mais um perdão descabido
Promovendo um choro quase fingido
Que não se pode prever ao certo
Se é mais injusto do que sincero
Acontece mais uma briga sem motivo
Acordando quem estiver adormecido
Já não importando a verdadeira razão
Se o que se briga é válido ou não
Suporta mais uma noite sem dormir
A espera de um amanhã, Imperatriz
O que se esgota não é o próprio lance
É a história de alguém, sem romance
Sonha com uma bela nova manhã
Com aquela outra luz, um amor terçã
Presumindo que haverá um novo sopro
No aguardo do seu sonhado gozo
Histórias se repetindo, casais em vão
Tristes companheiros, milhares sem paixão
A mesma conversa acontecendo dia a dia
A mesma vida apodrecendo na esquina

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