quinta-feira, 14 de setembro de 2006

Minha Arte É Tua

Formulo um coro de natal, um soul enfadado
Elaboro uma doce toada, um rock chinfrim
Discurso em um papel de carta, um maço reciclado
Esboço uma peça de teatro, uma novela sem fim
Desenho teu belo rosto, teu melancólico olhar
Pinto o teu caminho, tua estrada habitual
Crio um site tosco, um blogger para estranhar
Encaro multidões na arena, meu circo fatal
Esculpo o teu corpo, sua precisão fugaz
Insiro novos dialetos, uma comunicação tenaz
Projeto tua arquitetura, fantástica moldura
Publico mil livros, você nada me censura
Esgoto minha vida, meus artifícios banais
Acabo com minhas frases, meus pobres ideais
Minha arte não existe se você não a entender
Minha arte é toda sua, cabe a você perceber

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