quinta-feira, 17 de fevereiro de 2005

De Olhos Fechados

A cada dia me reinvento
Morrer, nascer, morrer de novo
Para cada hora ser quem sou
Para cada minuto não passar em vão
Durante segundos sofro sim
Mas escolho melhores paisagens
Outros lugares, simples pesares
E parto sem caminho certo
Vivo me alimentando de idéias
Essa fome não posso suportar
Minha carne é fraca, sei disso
Mas meu espí­rito é ainda mais frágil
A cada dia começo do zero
Limpo minha mente, meu ser
Para estar bem com todos
Para crescer, aprender, viver
Tento não lamentar frases perdidas
Esqueço tudo que não veio
Luto com forças estranhas
E chego sempre na minha memória
Sendo apenas outro cara
Que busca incessantemente algo
Mas que ás vezes precisa parar
Ás vezes precisa ser como os demais
A cada dia crio um novo sorriso
Espalho-me em diversos pontos
Cito poetas, escrevo estórias
Simples assim, para ninguém em especial
Encontro novas almas, almas perdidas
Sento em bares, falo bobagens
Sinto que nada me agride mais
Basta querer, querer anormalmente
Vou vivendo na margem, na ilha
Não sou nada, nem quero ser
Como disse, sou apenas outro cara
Que não espera a hora certa de viver

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