quinta-feira, 11 de agosto de 2005

Balas de Festim

Aqui abro este diário de cartas marcadas
Este diário submerso a minhas decepções
Escrevo neste meus pensamentos tolos
Debruço as palavras sem ordem no papel
Abro este como fiz com minha infame vida
Com suas risadas ocas, seus sorrisos amarelos
E transformo toda inércia em inutilidade
E disparo contro o mundo minhas balas de festim
Aqui abro este diário opaco e sem graça
Que nem a mim pode realmente interessar
Despejo minhas dúvidas, meus eternos medos
Todas as noites frias em que não consegui dormir
Como folhas soltas feito dias levemente vagos
Como pedaços de um quebra cabeça sem fim
Faço deste meu humilhante e derradeiro testemuho
E o jogo fora, abrindo outro como quem começa uma nova vida

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