quarta-feira, 1 de março de 2006

Todo Carnaval Tem Seu Fim

Vocês conhecem o Carnaval? Um cara bacana que um dia foi alegre, saia para passear com a bondade e a simpatia no coração. Cantava, sambava, dançava, jogava a vida em meio à multidão esperando para receber de volta. E conseguia.
Em todo lugar lá estava ele, era adorado, brincado, ressaltado de Chico Buarque a Antônio Jobim, de Zé Kéti a Cartola, de Portela a Mocidade. Saia às ruas, descia os morros, subia as escadarias, escancarava a fantasia de um povo que adorava brincar de ser feliz.
Com seus olês-olâs, ziriguiduns, chuês e chuâs, iluminavam alguns dias com o frescor da juventude novamente, com o riso exagerado dos enamorados, com o amor em beijos memoráveis, com os pés daqueles que não sabiam sambar jamais sendo desprezados mas adicionados à eterna folia.
Mas o Carnaval se foi. Esse ano realmente não o vi. Não sei se como um Pierrot apaixonado chora as lagrimas de alguma concubina maldosa, ou se de tanto se divertir enjoou de ir a diversos lugares. Procurei por onde andei e não o encontrei.
O Carnaval que me mostraram era um negócio de “Saborosa....”, ou “Se ela dança, eu danço...”, que confesso sem vergonha que dancei (e não tenho nada a reclamar das meninas que perto de mim também dançavam estonteantes), mas no meio de tudo senti a falta do meu amigo Carnaval, que do meu lado não veio parar.
Onde andará penso eu? Será que algum dia voltará?

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