sexta-feira, 21 de janeiro de 2005

Anjo Acorrentado

Como um anjo caido sobrevoando pantanos
Acorrentado a duvidas e outras indagações
Sem a beleza de outros carnavais celestiais
Destituido de toda sua forma e gratidão
Caido, sem rumo, preso a textos antigos
Sem asas que possam novamente me erguer
Passo tempos sem prazer, sem qualquer ritmo
Imito vontades que já não sei dizer porquê
Como um anjo caido me entrego a outras pessoas
Só me entrego, sem alma, sem outra paixão
Tento ajudar todos que consigo atingir
Percebo que minha vida já não vale então
E sigo quebrando o que me resta de asas
Planando baixo sobre toda essa hipocrisia
Me esquivando de todas as tuas mentiras
Fazendo um novo ninho, um outro lar para viver

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