domingo, 30 de janeiro de 2005

Pobres Sonhos

Ela para e fica a olhar a cidade
Em usa varanda, a sua ciranda
Luzes acesas, algo novo que acalme
Seus pobres sonhos, seus dias tristonhos
Ela senta e começa a se desenhar
Cria uma imagem, uma outra miragem
Becos escuros, novos esconderijos
Sua alma seca, seu grito sucumbido
Ela chora, parece querer avisar
"Eu existo", "Eu quero mudar"
Salas cheias, novos cubí­culos a habitar
Seu trabalho sem graça, sua vida exata
Ela corre, busca um novo lugar
Outros amigos, casos antigos
Campos verdes, novas flores a cultivar
Sua grande esperança, sua única dança
Ela acorda, volta ao mesmo lar
Sua velha vida, suas tardes vazias
Vai dormir acreditando no que virá
O futuro ainda é uma regra a se mudar

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