quinta-feira, 13 de janeiro de 2005

Eu sou do tempo...

Tempos modernos esses...Quem diria que seria tão fácil as coisas serem como são hoje em dia. Temos blogger, fotolog, orkut, messenger, informação de tudo quanto é lado e nem nos damos ao luxo de nos espantarmos com isso. Daqui a um tempo teremos códigos de barra impressos, como diria o Luí­s Fernando Verí­ssimo. E entramos nisso tudo de cabeça, expondo um pouco de nós e da nossa vida ao mundo. Nisso me incluo, eu faço parte disso também.
Mas sou do tempo de jogar bola na rua, de decorar os números de telefone da casa dos amigos, de varar madrugadas no telefone com namoradas, de desenhos animados realmente animados, do videocassete, do vinil...ah! que saudade do vinil. Sou do tempo que se tinham heróis, Cazuza, Renato Russo, Kurt Cobain, entre outros.
Não é sempre que essa nostalgia me bate, mas quando bate, me deixa assim meio submerso a lembranças. Sou do tempo em que se acreditava no amor, essa que é a verdade, que se pensava que o amor da sua vida estava em qualquer esquina a lhe esperar. Que pena que a vida faz isso com a gente, pois quando percebemos que nada disso existe, viramos seres tão práticos que tratamos até um simples beijo em uma rotina burocrática e cheio de limites.
Sexo livre é o escambau. O nosso sexo livre é o mais preso do mundo. Enchemos ele de não, de proibição. É proibido se apaixonar, não podemos ligar no outro dia, nada de ser bonzinho, é proibido gostar de alguém. Façamos sexo livre sim, mas com todas esses limites a nos cercar. Que paradoxo, não?
E nessas horas que a nostalgia bate, me dá saudade daquele tempo que pegar na mão era uma senhora conquista, que um beijo devia ser plenamente conquistado, que se passavam horas e horas batendo papo sem porquê.
E toda vez que acordo, volto para a realidade e me adequo como bom camaleão que sou, mas eu sou mesmo é do tempo que...

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